segunda-feira, 15 de abril de 2013

UMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO E CURA



As Danças Circulares Sagradas celebram a vida, resgatam a cultura dos povos antigos e promovem a comunhão com o Universo 


O trabalho com as Danças Circulares Sagradas começou no início da década de 90 e desde então TERAPEUTAS  as utilizam para potencializar os resultados das aulas de dançaterapia e recuperação motora através da dança. 
“Dançar é vivenciar e exprimir, com o máximo de intensidade, a relação do homem com a Natureza, consigo mesmo e com a sociedade. 
O homem primitivo dançava em todas as ocasiões: nos momentos de alegria, dor, amor, medo, na morte e no renascimento. Com a dança, as pessoas entram em contato com seu íntimo, utilizando o grande instrumento que é o corpo físico”. 

Conexão
Durante as sessões de Danças Circulares Sagradas, as articulações e os músculos ganham mais flexibilidade e as energias estagnadas começam a circular. De mãos dadas, aos sons de músicas folclóricas de diferentes povos e com passos simples, o ritual da dança em tom singelo atinge os chacras (centros de energias encontrados no corpo). “Às vezes, no início das aulas, as pessoas estão tristes, depressivas e, após uma ou duas horas, tudo se modifica. Há um brilho no olhar, uma beleza na expressão. A energia dos participantes é transformada pelo poder da música e dos movimentos”, diz a terapeuta. O círculo é uma forma geométrica que simboliza unidade, poder e totalidade. Quando os dançarinos da roda se movimentam, é como se girassem em torno do Centro do Universo. Essa experiência além de ensinar a encontrar o equilíbrio e a relação entre a vida interior e exterior, retrata entre os participantes a igualdade entre as pessoas e raças, na medida em que se forma a roda. “O círculo é importante porque é ali que as pessoas olham nos olhos umas das outras e não há hierarquia ou diferença entre elas”.
Sob o ritmo de músicas ancestrais - às vezes calmas, às vezes vigorosas - os dançarinos acabam somando suas energias em busca da harmonização e de uma prática meditativa. São estabelecidas, então, as chamadas “conexões sagradas”: do grupo com o Universo, da pessoa com ela mesma e da pessoa com o grupo. Características como o materialismo e individualismo são deixados de lado. Mas nem todas as danças circulares são executadas de mãos dadas. 

Em algumas coreografias, os braços podem estar abertos e as mãos estendidas sobre os ombros dos outros. 
Também existem movimentos que lembram as quadrilhas das festas juninas brasileiras, com rodopios, com braços entrelaçados e troca de parceiros. 
As Danças Circulares também são utilizadas em aulas de Yoga, já que as das artes estão ligadas pelas formas sagradas e apresentam postura mudras (gestos de poder). 
Ambas as artes alinham mente, corpo e coração. “A diferença é que a Yoga é uma meditação individual e a Danças Circular é uma meditação grupal e ativa, pois permite que se permaneça no ‘aqui e no agora’. Qualquer desvio de pensamento, erra-se os passos e o ritmo”.  

Fonte: Danças Circulares Sagradas - Uma Proposta de Educação e Cura (Ed. Triom).



 

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